quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O ASSUNTO É: MERCADO DE TRABALHO


Organização da mesa de trabalho revela o perfil do profissional


CAMILA MENDONÇA

DE SÃO PAULO


Ao entrar em uma empresa, é difícil encontrar todas as mesas organizadas da mesma maneira. O modo como as coisas estão dispostas difere conforme a companhia, a área e o cargo do funcionário.

E não só isso: "A mesa traduz um pouco da personalidade do profissional", afirma a especialista em etiqueta comportamental Renata Mello.
Assim como na vida pessoal, na profissional, muitas vezes, a primeira impressão é a que fica. "Ele pode ser um ótimo profissional, mesmo com uma mesa bagunçada", ressalva Mello.
Arquivo pessoal
Vani de Oliveira, 40, gerente comercial, mantém tudo a mão na mesa para facilitar a rotina
Vani de Oliveira, 40, gerente comercial, mantém tudo a mão na mesa para facilitar a rotina
"A forma como a pessoa organiza a mesa pode dar uma conotação do seu perfil profissional, mas isso não pode ser analisado isoladamente", completa Edvaldo Rodrigues, diretor comercial da Bazz Estratégia e Operação de RH.
Ele explica que uma mesa cheia de papéis pode indicar que o profissional está sobrecarregado ou mesmo que está com baixa produtividade.
"Uma mesa bem organizada, por outro lado, não significa necessariamente que a pessoa esteja ociosa ou que seja organizada no trabalho", afirma Rodrigues.




Arquivo pessoal
Thaís de Andrade mantém a mesa organizada e foi alvo de brincadeiras de colegas
Thaís de Andrade mantém a mesa organizada e foi alvo de brincadeiras de colegas
O fato é que, ainda que a relação não seja direta, é bom evitar primeiras impressões desfavoráveis.
"Algumas coisas prejudicam, como excesso de fotos, brinquedinhos e bichinhos, porque passam uma imagem de um profissional frágil e infantil", considera Mello.
Impressões ruins podem gerar até broncas. Foi o que aconteceu com a gerente comercial Vani de Oliveira, 40.
Ela tem de tudo na mesa: de calendários a corujas e sapos de brinquedo, terços e orações. Até quatro pares de sapato a profissional acumulou embaixo da mesa. "Até que o diretor os escondeu. Agora, deixo-os no carro", conta.
"É uma bagunça organizada. Qualquer um que sentar aqui [no meu lugar] vai se encontrar", afirma. Dessa maneira, diz Oliveira, "é mais fácil para encontrar as informações" que precisa ao longo do trabalho.
A colega de trabalho de Oliveira, Thaís de Andrade, 30, por outro lado, mantém a mesa com tudo organizado. "Só costumo deixar na mesa o que eu vou utilizar na hora", conta.
A organização extrema gerou elogios da chefia e brincadeiras dos colegas. "Dizem que eu até calculo a distância entre um post-it e outro [colado na tela do computador]."

A PRIMEIRA IMPRESSÃO
Manter a mesa organizada pode ajudar o profissional a trabalhar melhor, dizem os especialistas consultados. E até evitar impressões equivocadas. Veja o que a sua mesa indica sobre você:

Papéis para todos os lados: a primeira impressão que uma mesa desorganizada passa é de um profissional que não cumpre prazos.
Nada a vista: uma mesa vazia pode passar a impressão de organização. Mas também de um profissional frio, metódico e que pretende ficar pouco tempo na empresa.
Flores de todos os lados: podem indicar um profissional romântico e até idealista.
Brinquedos, docinhos e afins: uma mesa com muitos adereços mostra um profissional infantil, carente e frágil.
Muitos post-its a vista: blocos abertos e post-its colados por todos os lados podem indicar um profissional com muitas tarefas --nem sempre cumpridas.

Fonte: Folha.com Publicado em: 23/09/2011

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O ASSUNTO É: MERCADO DE TRABALHO



Seleção longa desmotiva candidatos em processo seletivo para trainee

Para fazer parte da primeira turma de trainees do Grupo Fleury, de medicina diagnóstica, no ano passado, a economista Amanda Abuchain, 25, passou por um processo seletivo de três meses.


PATRÍCIA BASILIO
DE SÃO PAULO
Entre dinâmicas, entrevistas e testes on-line, ela diz que enfrentou momentos de "agonia, tensão e cansaço". "Segurava o celular e checava o e-mail a toda hora esperando o retorno da empresa."

Eduardo Anizelli/Folhapress
Amanda Abuchain, trainee do Grupo Fleury, passou por processo seletivo de três meses
Amanda Abuchain passou por seleção de três meses
Em média, esses tipos de processo de seleção são ainda mais longos que o de Abuchain. É o que aponta uma pesquisa feita em agosto pela Page Talent, de recrutamento, com cem trainees e ex-trainees e obtida com exclusividade pelaFolha.
Pelo levantamento, 40,8% das seleções levam mais de quatro meses; algumas chegam a durar seis meses. A demora, de acordo com Danilo Castro, diretor da Page Personnel, deve-se à dificuldade em organizar os programas. "Temos que garimpar talentos a partir de uma lista enorme de candidatos."
A morosidade, contudo, desmotiva os jovens, diz. "Temos uma taxa de evasão de 10% por processo." Atual trainee da Whirlpool, de linha branca, a relações-internacionais Letícia Mendonça, 22, participou de um processo seletivo de seis meses. "O que me ajudou a continuar foi não estar trabalhando", comenta.
Para otimizar o tempo, a Cia de Talentos tem equipe de inovação que desenvolve projetos para os programas. "Reforçamos o uso da internet [na seleção]", explica a diretora Carla Esteves. Nos processos da consultoria de RH Grupo Foco, "painéis e entrevistas ocorrem no mesmo dia", cita Renata Schmidt, diretora da Foco Talentos.
REMUNERAÇÃO
Participar de um programa de trainee não é garantia de salário maior após o seu término. Segundo pesquisa da Page Talent, 44,4% dos ex-trainees recebem até R$ 4.000 - salário de 30,9% dos jovens que ainda participam dos programas. Nenhum dos entrevistados afirmou receber mais de R$ 7.000.
Esse cenário, segundo Danilo Castro, diretor da Page Personnel, não é ruim. "Eles [ex-trainees] já têm um salário bom e conseguem uma remuneração melhor quando crescem na organização."


Fonte: folha.com Publicado em : 19/09/2011

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O ASSUNTO É: MERCADO DE TRABALHO


Busca de emprego: quatro dicas de como usar as redes sociais

Especialista ensina como algumas mudanças podem gerar excelentes resultados para quem está a procura de trabalho

O CEO e co-fundador da empresa de investimentos Venturocket, Marc Hoag, decidiu, há cerca de dez anos, que se dedicaria a ser alguém voltado a transformar o mundo em um lugar mais produtivo. Desde então, o executivo tem criado teses e dicas voltadas a ajudar os profissionais nos mais diversos momentos de carreira.

Em um recente artigo no Mashable, Hoag deu conselhos para uma situação que, segundo ele, tende a tornar-se cada vez mais comum: a busca por um emprego a partir da internet. Hoag cita que estudos recentes indicam que a maioria das companhias já acessa alguma rede social para buscar informações sobre possíveis candidatos a uma vaga de emprego e quase 80% delas dão uma olhada no perfil online dos profissionais, antes de chamá-los para uma entrevista pessoal.

A partir dessa constatação de que os profissionais são cada vez mais vigiados na internet, o especialista dá quatro dicas para quem quer ter sucesso na hora de procurar um emprego - ou ser procurado por um possível recrutador -, utilizando as redes sociais.

1. Ajuste sua imagem real às redes sociais

Para Hoag, as pessoas costumam esquecer que o perfil que elas mantêm no LinkedIn, Facebook, ou em qualquer outra rede social representa uma espécie de cartão de visitas. Assim, não adianta imaginar que um potencial recrutador não vá desclassificá-lo para o cargo, por conta de um comentário racista ou por uma postura inadequada na hora de escrever uma mensagem no Twitter sobre seu atual empregador.

"Tudo o que você posta, tuita ou comenta está sendo gravado e será usado contra você", brinca o CEO da Venturocket.

2. Mas mostre alguma personalidade

Ser cuidadoso demais nas redes sociais também pode ser algo negativo. Não é porque as pessoas devem evitar colocar fotos comprometedoras ou comentários inadequados que um recrutador espera que elas fiquem completamente caladas nas redes sociais. "Um empregador estará buscando um candidato que seja social e extrovertido, que demonstre capacidade de relacionamento e de comunicação", pontua. Ainda segundo ele, as empresas priorizam pessoas que demonstrem caráter e algum tipo de liderança. "Seja forte, opinativo, seja único", acrescenta.

3. Multiplique as chances de ser encontrado

Não adianta só ter um perfil adequado nas redes sociais. Quem busca um emprego precisa ser encontrado na internet. Para isso, o profissional deve inscrever-se no máximo possível de redes sociais e, de preferência, participar delas para que suas opiniões possam ser vistas na hora em que um recrutador buscar um assunto na web.

4. Conecte-se às empresas nas quais gostaria de trabalhar

"Não tenha medo de, forma pró-ativa, tentar fazer contato com a empresa que você está cortejando", afirma o especialista. Para isso, o profissional deve seguir a companhia no Twitter, virar fã dela no Facebook, entre outros. A única ressalva, segundo Hoag, é em relação ao LinkedIn, pois ele considera que as pessoas não costumam gostar de ser contactadas por profissionais que não conhecem, por meio dessa rede social.

"Mas ninguém disse que você não pode participar de comunidades e grupos no LinkedIn no qual terá a chance de se conectar com essas pessoas [que o interessam profissionalmente]", complementa.

Fonte: olhardigital.com.br Publicado em :08/09/2011

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O ASSUNTO É: MERCADO DE TRABALHO


Mercado de trabalho ignora desaceleração econômica

- O Estado de S.Paulo
Em contraste com outros indicadores de desaceleração do ritmo da atividade econômica, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE mostrou que o mercado interno continua muito aquecido. Em julho, aumentaram o nível de ocupação e a renda nas seis principais regiões metropolitanas (São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre).
A taxa de desocupação de 6% é a menor, para os meses de julho, desde o início da série do IBGE, em março de 2002. Com ajuste sazonal, o porcentual é ainda mais baixo, calculado entre 5,8% e 5,9% por consultorias privadas. O Departamento Econômico do Bradesco considera que os dados de emprego e renda "sustentam a nossa visão de que o mercado de trabalho continua sendo fator de risco para reduzir as pressões inflacionárias domésticas".
O rendimento médio do pessoal ocupado subiu 4% acima da inflação, em relação a julho de 2010, e 2,2%, em relação a junho, atingindo R$ 1.612,90, o maior da série. A massa de rendimento real efetivo em junho (há uma defasagem desse índice em relação ao rendimento médio e ao emprego) aumentou 6% em relação a junho de 2010.
Entre os setores que mais contrataram, a construção civil gerou 90 mil vagas (+5,5% em relação a julho de 2010) e o de serviços prestados a empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, 243 mil postos (+7,3%). O declínio de 4,4% nos serviços domésticos reflete a busca de empregos mais bem remunerados e com maiores benefícios, o que depende de qualificação.
Embora a pesquisa do IBGE mostre que o mercado de trabalho não abriu tantas vagas quanto se esperava para esta época, a qualidade dos novos empregos é melhor, com mais garantias para o trabalhador e, sobretudo, com remuneração mais alta. Por enquanto, é um fenômeno mais visível em São Paulo, mas o IBGE prevê que ele se estenderá para outras regiões. "O mercado de trabalho pode não estar avançando significativamente como em algumas previsões, mas cresce de forma sustentável", na avaliação do coordenador da pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo.
A tendência é de aumento real da renda de importantes categorias profissionais. As negociações salariais do segundo semestre deverão basear-se em índices superiores à inflação, como foram os acordos firmados no primeiro semestre.
Resta saber como o Banco Central interpretará esses fatos, que serão levados em conta na definição dos novos passos da política monetária. 

O Estado de São Paulo Publicado em: 26/08/2011